terça-feira, 22 de novembro de 2011

(...)

Tem sido um fardo essa falta de gosto na coisas que antes me agradavam.
Eu tenho andado de costas aos braços que me guiavam de boa vontade.Sinto muito.
Sim eu sinto,e sinto mais ainda de não poder se agradecida pelas mãos que me estendem.
Ora,não são o bastante.E não é egoísmo.É só essa mania do ser humano de não estar
satisfeito com a solidão e viver batendo em sua porta.Eu sou só,e não por querer,por achar melhor.
Mas,o que é melhor quando se quer companhia?
- Vinho,e cigarros.
Todo o amor para tirar o atraso,o desgosto,o gosto amargo,o vestido manchado,o romance inacabado.
Eu queria ser de vidro,e que as pessoas tivessem cuidado ao me pegar no colo."Cuidado,ela vai se quebrar."
Eu me quebrei.Perdi o trem,minhas prisilhas e o livro que você me deu naquele outono.Estou inteira de novo.
Ou só os cacos,mas inteira de alguma forma da qual eu ainda vou descobrir o nome.
Está cansativo,está me desgastando.E eu vivo tendo recaídas.Não é fraqueza,é...perdão,
também não sei dizer o nome disso.Mas é,e está lá.Agora vamos cantar,dançar,esquecer.
- Amigo,mais vinho,eu não quero mais amor.


                                                                           (Elisama Oliveira)

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