terça-feira, 15 de abril de 2014

Dopamina

eu não via a chuva
que nele chovia.

e era quente,
e o cheiro
da morte
da mulher
do abismo,
recente.

eu não via o fogo
que nele ardia.

molhava
todo o toque
e o gosto
espalhava
queria curar-se
e era cura
e curou-nos.


Depois, só.




Elisama Oliveira

Nenhum comentário: