sexta-feira, 18 de maio de 2012

Gigante,de dentro para fora.

Aos que estão perdidos de desespero,meu silencio.Aos que foram cativos,meus pêsames e sinceros ressentimentos.São tempos de glórias perturbadoras,onde não sei mais o que é bom de se ter e ruim de se perder.E me perdi na história de um velho coração domado pela tristeza.Era um fardo grande,e seus ombros já não se dobravam diante das conquistas.Era um fardo de medo.

Ele era um amante da alma proibida,e fechado de fora para dentro como quem se esconde de si mesmo.Entorpecido de arrependimentos até os mais altos fios do cabelo.Nos seus muros haviam gravações de anjos que lhe faziam umas visitas de tempos em tempos e eu gosto de pensar que ele sorria ao reler cada uma delas escritas à sangue azul.E foi azul esse seu pensamento de liberdade.Mas a liberdade menino,só é ato quando você é dono de seus próprios pensamentos e não há nada que lhe faça ir contra a tua razão.Sinto dizer,mas ninguém é livre.Pois nossos pensamentos nunca são realmente nossos,são de "nossos" pedidos à cada estrela que cai,à cada vela de aniversário,à cada ano que se dobra.Pedimos.Pedidos,perdidos sim.

Gigante,de dentro pra fora.Enrijecido de venenos antigos,desencontrado em fotos penduradas no tempo.E que tempos esses.É engraçado te observar,e ver o quanto sangra quando sorri.O quanto inflama quando abraça alguém e o quanto morre à cada dia.E de amor.Todos afinal morremos de amor,e nunca "por".Amor não mata,menino.O que é mata é a falta dele,a vontade de ser menos incompleto.

E os nossos pensamento continuam nunca sendo nossos.Mesmo depois de mortos e refeitos,perdidos e recapitulados.Daí que a liberdade nunca vem.


                                                                                         Elisama Oliveira

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